Sunday, August 27, 2006

Finalmente, dormi

Viva! Hoje finalmente eu consegui dormir... Óbvio, não sem um pouc0 de insônia antes. Insônia de fome. Tive de esperar quatro horas para o restaurante do hotel abrir e eu poder tomar café da manhã. Daí, quando eu acordei de novo, já era uma da tarde. Mas já estava muito cansado de dormir tão pouco. Os últimos dias foram de pouco sono...

Acordei com a paisagem de fim de cacimbo, que é o inverno daqui. Tecnicamente, o cacimbo já terminou no dia 15, mas a atmosfera não parece se dar muita conta disso. O inverno é seco, como o de Brasília, mas, no cacimbo, o céu fica sempre assim meio enevoado. Já ouvi falar até que é por causa de uma nuvem de areia que sobe do deserto da Namíbia. O resultado é que o dia fica meio feio, mas é gostoso ficar no sol, pq não é quente demais.

Por isso, foi agradável a tarde na Ilha de Luanda, aonde o Afonso me levou pra almoçar. A ilha é bem comprida e tem quebra-mares de a cada 200 metros mais ou menos, formando pequenas praias, cada uma com um bar geralmente. O mar é mansinho, já me animei de nadar lá.

O sol se pôs vermelhão, bem no meio do mar. Pena que não dá pra vê-lo tocar a água pq as nuvens são tão espessas perto do horizonte que o sol some antes de alcançá-lo... Parece que é sempre assim.

Fomos ver o fim de tarde no forte de Luanda, bem português o forte, no alto de um morro que domina a baía de Luanda. Tem uma vista bonita da cidade, toda ocre. Ao longe, o horrendo mausoléu soviético de Agostinho Neto, que parece saído do cenário de Guerra nas Estrelas...

Amanhã, começa o trabalho. Que frio!

Saturday, August 26, 2006

Primeirão

Cheguei. Ontem de noite (sexta, dia 25 de agosto). Engraçado, me toquei agora de que, se não for exatamente essa a data, é quase a mesma de quando cheguei na Alemanha pra fazer intercâmbio em 1993. É engraçado pq, ontem, a caminho pro aeroporto, pensei pra caramba nessa minha partida para o mundo, cheguei a conversar sobre isso com papai e mamãe, mas só me ocorreu essa lance da data agora.

O conselheiro Afonso me buscou na porta do avião e, enquanto um funcionário da embaixada buscava minha bagagem, enchemos a cara de gin tônica no bar do aeroporto. Depois, passamos no hotel para deixar minhas malas e fomos jantar num bar-restaurante na ilha de Luanda (uma peninsula que fica na frente da cidade).

Hoje acordei e fui pro apartamento do Afonso, que mora aqui no mesmo quarteirão do meu hotel. Conheci o apê dele, que é super legal, pra me inspirar na busca. Depois, compramos um chip gsm pro meu telefone, assim já tenho celular angolano. Passamos então na casa do secretário da embaixada argentina, de quem já tinha ouvido falar e que tem a minha idade. Ele está de férias na Itália, mas o Afonso ficou com as chaves da casa dele para que eu pudesse ficar hospedado lá se eu quisesse. A casa é bem razoável e fica pertíssimo na nossa embaixada, seria ótimo se eu pudesse alugar algo assim, mas custa mais do que o limite do que o mre paga pra mim. Apesar da gentileza do Eduardo ao me convidar pra ficar na casa dele, preferi ficar no hotel pq tem mais infra.

Por fim, fomos à embaixada, onde o embaixador ofereceu hoje uma feijoada pra algumas pessoas importantes da comunidade brasileira local, a fim de me apresentar. Foi tudo ótimo. Vou dividir a sala com o Afonso. Já identifiquei algumas tarefas para mim, por exemplo instalar na embaixada uma intranet com acesso banda-larga à internet. Temos bons computadores lá, mas eles não conversam entre si e o acesso à internet é discado. Afora isso, os preparativos para a comemoração do 7 de setembro já estão a mil. Vai ter até show do Zeca Baleiro e do Olodum.

Amanhã vamos pegar uma praia. Estou-me sentindo muito bem acolhido e a cidade me impressionou positivamente, parece mesmo bastante razoável. Dizem só que ela está muito mais calma pq é fim de semana e que ela vira o caos na segunda-feira. Vamos ver.