Friday, October 27, 2006

Meu carro é vermelho, não uso espelho pra me pentear...

Tá, tudo bem, ele não é vermelho, é azul, mas eu tô me sentindo o máximo mesmo assim. Hoje, finalmente, comprei meu carango. Gente, foi uma novela. Primeiro, mó preguiça de procurar. Depois, mó insegurança sobre o q comprar, quanto gastar etc. Enfim, por insistência dos motoristas da embaixada e por sugestão da Patrícia Galvão, me defini por um Toyota RAV4, modelo europeu, 4x4, 4 portas, com ar, trava elétrica, airbag duplo, ABS, toca CDs e... teto solar! Usado, é claro, ano 2000, importado da Bélgica, 130 mil km, azul marinho. Coloquei uma foto dele aí embaixo (evidentemente, é um primo, não o próprio).



Razões da escolha:

- tem de ser jipe pq as ruas daqui são uma merda e, quando chove, inunda tudo (além disso, é claro, não tem sentido estar na África se não se pode dirigir um jipe);
- tem de ter 4x4 pq eu quero passear por aí, dar umas escapadas de Luanda, e qq estrada, saindo de Luanda, é uma tragédia;
- tem de ser Toyota, modelo europeu, pq a mecânica é simples e tem muita peça disponível, ou seja, qualquer mecânico de beira de estrada conserta;
- por isso mesmo, é um carro muito valorizado aqui, ou seja, perde relativamente pouco valor com o tempo e tem bastante liquidez;
- o resto é por farra mesmo.

Minha estratégia de compra. Fui num feirão com o Moniz, nosso motorista e mecânico, lá no Gamek, em direção a Luanda Sul. Passamos uma manhã lá, olhando pra cara dos carros com essas características. Achamos dois. Estabeleci um patamar de preços, mas não fiquei muito convencido. Voltei pra embaixada sem carro, querendo pensar mais. Conversei depois com um monte de gente. Algumas pessoas me disseram q, pelo menos em parte, meu problema era ser branco: o preço sempre sobe. Daí, pensei no seguinte: eu já tinha idéia de um preço máximo, daí cheguei pro Assis, q é funcionário do Campo Sueco, o condomínio da cooperação sueca em cuja piscina eu nado, e q é todo malandrão e propus a ele o seguinte: ele procurava um carro pra mim, sem dizer que era pra mim, se ele conseguisse abaixar o preço, ele ficava com uma comissão de 20% da diferença entre o preço máximo e o q ele me conseguiu.

Em menos de 24h, ele achou o carro q eu comprei. O preço não era muito diferente do q eu havia achado, mas o carro era consideravalmente melhor. Raspei a minha conta bancária, e tá aí. Este finde, deixei ele dormindo na embaixada pq quero fazer seguro antes de sair por aí barbarizando.

Pena q todo mundo diz q não vale a pena tentar ir de carro até a Namíbia: as estradas entre Luanda e Lubango são supostamente muito ruins. Aliás, eu adoraria ir até a Cidade do Cabo de carro, mas é longe pra cacete.

Por falar nisso, esta semana fiz progressos nos preparativos para a minha viagem. Estou tentando economizar na hospedagem em Cape Town e no aluguel do carro, mas, por insistência do Giu e da Luíza (é tb verdade q sou facinho), vou me permitir um luxo: duas noites com a Andreia no Basse Provence, um hotelzinho q funciona numa antiga vinícola do século XVIII, em Franschoek, na Wine Region. Aqui vai uma foto direto do site do hotel:

Saudades!


3 comments:

Isabela said...

E aí, vão rolar confissões de coisas escabrosas no próximo capítulo? Huahuahuahuaha. Beijo!

rml said...

Era o que eu temia:

TOO MUCH INFORMATION!

:-)

Chris said...

Oi Danny-boy! Amei o carro novo e quero saber tuuuuuuuuuuuuudo sobre os shiraz sul-africanos! beijocas na Andréia!